Adapec alerta produtores sobre a importância de exames de Anemia Infecciosa e Mormo nos equídeos

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Os exames são obrigatórios para transitar com os equídeos e têm validade de 60 dias

A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) alerta os produtores rurais que possuem criação de equídeos para que não deixem de realizar e de exigir os exames clínicos contra Mormo e Anemia Infecciosa Equina (AIE) em animais que estão em movimentação de trânsito, tanto para entrada ou saída nas propriedades. O objetivo é evitar a propagação dessas doenças no Estado e prejuízos econômicos.

Segundo o responsável técnico pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos (PESE), Raydleno Mateus Tavares, para a movimentação de trânsito dos equídeos é obrigatório à realização de exames contra o Mormo e AIE. “O produtor deve estar sempre com os exames dos animais em dia, sob pena de multas e outras sanções, ” disse acrescentando que a conscientização dos criadores é fundamental para o controle das doenças, uma vez que elas são transmissíveis e não têm cura.

Para realizar os exames o produtor deve procurar um médico veterinário cadastrado junto à Adapec e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A lista destes profissionais pode ser acessada no site da Agência por meio do link: https://adapec.to.gov.br/animal/sanidade-animal/programa-estadual-de-sanidade-dos-equideos—pese/servicos/.

A orientação é de que todos os casos suspeitos de doenças nos equídeos sejam informados imediatamente à Adapec, no escritório da Agência no município mais próximo ou pelo disque-defesa, no telefone 0800631122. Vale lembrar que, no caso de infecção destas duas enfermidades, o serviço oficial procederá ao sacrifício do animal positivo e adotará as demais medidas para saneamento da propriedade.

Exames
A Adapec recomenda os produtores rurais que, no caso da AIE, só adquirem animais com exames negativos dentro do prazo de validade, que é de 60 dias; realizar quarentena antes de introduzir novos animais no rebanho da propriedade, fazer limpeza das baias para evitar insetos; vacinar ou medicar os animais só com agulhas descartáveis; desinfetar os equipamentos antes do uso; participar de eventos com aglomeração de equídeos onde os animais sejam comprovadamente negativos para AIE, por meio de exames laboratoriais.

No caso do Mormo, a dica é adquirir somente animais com exame negativo para doença e após o ingresso do animal na propriedade realizar uma quarentena, isolando o animal adquirido em piquete separado do plantel já existente; desinfetar cuidadosamente as instalações e os equipamentos; apenas participar de eventos equestres que obriguem o exame laboratorial para Mormo, dentro do prazo de validade, que é de 60 dias, evitando assim a disseminação da doença.

Vale destacar que o Mormo é uma zoonose, ou seja, também pode ser transmitida para o ser humano.

AIE

É uma doença causada por vírus, transmissível e incurável, que ataca equídeos (cavalos, asininos e muares) de qualquer raça, sexo e idade; uma vez infectado, o animal torna-se fonte de infecção permanente para outros equídeos. Não existe vacina para prevenção da doença. Seus principais sintomas são: Febre alta (39º a 41ºC); pequenos sangramentos na língua e olhos, fraqueza, perda de apetite, edema nos membros e abdômen; anemia; animais podem se apresentar aparentemente sadios, porém servir como reservatório do vírus e propagar a doença.

A transmissão ocorre por picadas de insetos, que se alimentam de sangue: mutucas e moscas; agulhas, seringas, esporas, freios, arreios e utensílios contaminados com sangue infectado; material cirúrgico contaminado; leite e sêmen.

Mormo

É uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria e que acomete equídeos (cavalos, asininos e muares). Pode acometer o homem. Não existe cura, tratamento ou vacinas eficazes contra o Mormo. Os principais sintomas são: febre alta, tosse e descarga nasal com úlceras nas narinas; pode ocorrer úlceras e nódulos em membros e abdômen, entre outros.

A transmissão ocorre pelo contato de animais sadios com secreções e excreções de animais doentes, como a secreção nasal e o pus dos abscessos, que contaminam o ambiente, comedouros e bebedouros.

 

Por: Welcton de Oliveira / Governo do Tocantins